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5 de outubro de 2010

Vai dexaiR que seja assim??

REFLETIR


Um dia eu me canso de ouvi-la sempre repetindo a mesma conversa, e para agrada-la me caso com um homem a quem me obrigo a amar. Eu e ele terminaremos encontrando uma maneira de sonhar juntos com o nosso futuro, a casa de campo, os filhos, o futuro dos nosso filhos. Faremos muito amor no primeiro ano, menos no segundo, e a partir do terceiro ano a gente talvez pense em sexo uma vez a cada quinze dias, e transforme este pensamento em ação apenas uma vez por mês. Pior que isso, a gente quase não conversará. Eu me forçarei a aceitar a situação, e me perguntarei o que há de errado comigo – já que não consigo mais interessa-lo, ele não presta atenção a mim, e vive falando dos seus amigos como se fossem realmente o seu mundo.Quando o casamento estiver realmente por um fio, eu ficarei grávida. Teremos o filho, passaremos algum tempo mais próximos um do outro, e logo a situação voltará a ser como antes.Então começarei a engordar como a tia da enfermeira de ontem – ou de dias atrás, não sei bem. E começarei a fazer regime, sistematicamente derrotada a cada dia, a cada semana, pelo peso que insiste em aumentar apesar de todo o controle. A esta altura, eu tomarei estas drogas mágicas para não entrar em depressão – a terei alguns filhos, em noites de amor que passam depressa demais.Direi a todos que os filhos são a razão de minha vida, mas na verdade eles exigem minha vida como razão.As pessoas vão sempre nos considerar um casal feliz, e ninguém saberá o que existe de solidão, de amargura, de renúncia, atrás de toda aparência de felicidade.Até que um dia, quando meu marido arranjar sua primeira amante, eu talvez faça um escândalo como a amiga da enfermeira, ou pense de novo em me suicidar. Mas aí estarei velha e covarde, com dois ou três filhos que precisam de minha ajuda, e preciso educa-los, coloca-los no mundo - antes de ser capaz de abandonar tudo. Eu não me suicidarei: farei um escândalo, ameaçarei sair com as crianças. Ele, como todo homem, recuará, dirá que me ama e que aquilo não vai mais se repetir. Nunca lhe passará pela cabeça que, se eu resolvesse mesmo ir embora, a única escolha seria voltar para casa dos meus pais, e ficar ali o resto da minha vida, tendo que escutar todo dia a minha mãe lamentar-se porque eu perdi uma oportunidade única de ser feliz, que ele era um ótimo marido apesar de seus pequenos defeitos, que meus filhos irão sofrer muito por causa da separação.Dois ou três anos depois, outra mulher aparecerá em sua vida. Eu vou descobrir – porque vi, ou porque alguém me contou – mas desta vez finjo que não sei. Gastei toda a minha energia lutando contra a amante anterior, não sobrou nada, é melhor aceitar a vida como ela é na realidade, e não como eu imaginava que fosse. Minha mãe tinha razão.Ele continuará sendo gentil comigo, eu continuarei o meu trabalho na biblioteca, os meus sanduíches na praça do teatro, os meus livros que nunca consigo terminar de ler, os programas de televisão que continuarão sendo os mesmos daqui a dez, vinte, cinquenta anos.Só que comerei os sanduíches com culpa, porque estou engordando; e não irei mais a bares, porque tenho um marido que me espera em casa para cuidar dos filhos.A partir daí, é esperar os meninos crescerem, e ficar todo dia pensando no suicídio, sem coragem de comete-lo. Um belo dia, chego a conclusão que a vida é assim, não adianta, nada mudará. E me conformo.

( Paulo Coelho - Veronika Decide MOrrer)

3 de outubro de 2010

Então viva!


Depois de um tempo de abandono, a gente volta ao lar (rs)...

Estou em um momento meio brisa de maconha hoje... Nada me faz sentido, não estou dizendo nada que se encaixa e não sei se isso é efeito do frio, da eleição, da minha mente, ou simplesmente do meu celular apitando de 1 em 1 minuto avisando que está com a bateria fraca...

Só sei que em meio a tantas brisas, eu realmente não sei a que conclusão começo a chegar!
É isso ai!!!

Então vamos dar lugar a uma filosofia de bebada...

A cada dia é uma transição, nós nunca saberemos qual é o dia
de amanhã, por isso se tiver que fazer valer a pena, faça com que seja AGORA! Pois
a idéia é viver, não viver por estar vivo... Mas fazer com que nada passe em
branco, nenhum dia seja apenas mais um dia, mas sim o melhor dia de toda a sua
vida! Busque sempre mais que ontem e menos que amanhã...


Não quero o exagero dos românticos, nem mesmo a verdade dos
realistas... Quero a mistura, quero o que é único e sem igual!
Não almejo o que é fácil, meu desejo é pelo impossível! Tudo que é conquistado
é mais real... Nos torna mais fortes e motivados para continuar!


O normal não tem graça
Eu quero mesmo é a loucura dos amantes, a loucura dos errantes, a loucura dos
bêbados, a loucura sem motivo... a loucura do viver!


E o que realmente vale a pena é entregar-se a cada coisa que
se faça, entregar-se por inteiro... Não apenas metade, não um pouquinho para
experimentar... Mas sim por completo, jogar-se por inteiro até o fim! Só assim
conseguimos sentir o verdadeiro sabor da vida!


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Bá Melo